Bremen não libera grana de Carlos Alberto
Clube alemão teme problemas na justiça e só deposita em juízo os 4 milhões de euros
O Corinthians acertou com o Lyon (FRA) como vai pagar a dívida de seis milhões de euros com relação à compra do atacante Nilmar, mas não vai usar os quatro milhões de euros referentes à venda do meia Carlos Alberto ao Werder Bremen (ALE), como era a idéia inicial.
Isso porque o presidente Andrés Sanches, em visita a Bremen, não conseguiu as duas cartas de crédito de dois milhões de euros cada que contava para pagar os franceses.
- Negociamos com os dirigentes do Bremen para obter a carta de crédito, mas infelizmente o acordo não foi possível. Os alemães decidiram depositar em juízo dois milhões de euros no próximo mês de janeiro e mais dois milhões de euros em dezembro de 2008 - diz o presidente Andrés Sanches, por meio de sua assessoria.
O motivo é que o Werder Bremen negociou a transferência de Carlos Alberto diretamente com representantes do Grupo MSI, que desfaz parceria com o Timão. O Corinthians só assinou a liberação. Os alemães, para se precaverem, preferem depositar em juízo, com medo de no futuro a empresa (MSI) pedir esse dinheiro.
O Corinthians alega que negociações só podem ser feitas entre clubes, e portanto os quatro milhões pertencem ao Timão.
- Nossos advogados trabalharão agora para conseguirmos captar esses recursos - diz Sanches, que foi à Europa acompanhado do advogado Luiz Felipe Santoro.
A dívida com o Lyon será paga em três parcelas. Uma até o final deste ano, outra até junho de 2008 e a última até dezembro de 2008. O recurso inicial que será usado é o dinheiro da venda do meia William ao Shakthar Donetsk (UCR), que rendeu US$ 15 milhões ao Timão. Mais para frente, se liberada, a grana do Bremen pode ser utilizada.
Em 2005, turbinado pelo dinheiro do MSI, o Corinthians contratou Nilmar. Pagou 2 milhões de euros, mas ficaram faltando oito milhões. Destes, dois milhões são do Internacional. O Timão já acertou também com os gaúchos este pagamento.
- O problema com o Lyon era um dos mais graves para o clube financeiramente e, com o acordo, voltamos para o Brasil aliviados. Continuaremos trabalhando para alcançarmos mais vitórias fora do gramado como essa - afirma Sanches.
Outra dívida acertada é com o ex-treinador Daniel Passarella, que treinou o time em 2005. Ele cobrava US$ 3 milhões pela quebra contratual e ganhou na Fifa o direito de receber. O Timão pagará em 18 vezes.
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