terça-feira, 17 de junho de 2008

Do Blog do Citadini

Traffics, Sondas e outros mais

Nota Oficial
Por Sport Club Corinthians Paulista

O Sport Club Corinthians Paulista vem a público informar que cedeu à empresa D.I.S. Esporte e Organização de Eventos Ltda., de propriedade do empresário Delcir Sonda, o percentual de 22,5% dos direitos econômicos decorrentes das transferências envolvendo o atleta Bruno Ferreira Bonfim (Dentinho), 22,5% dos direitos econômicos decorrentes das transferências envolvendo o atleta André Clarindo dos Santos (Andrés Santos) e 25% dos direitos econômicos decorrentes das transferências envolvendo o atleta Renato de Araújo Chaves Júnior (Renato).
Os atletas em questão permanecerão vinculados ao Sport Club Corinthians Paulista e a empresa D.I.S. Esporte e Organização de Eventos Ltda. não terá qualquer influência nas futuras transferências, fazendo jus tão-somente ao percentual dos direitos econômicos ora adquiridos.
Corinthians

(SC Corinthians Paulista, http://www.corinthians.com.br/2008/noticias/conteudo.asp?id=2371, 16/06/2008, 15h16)

Comentário do Blog do Citadini:
A participação de empresas e empresários no futebol é fonte permanente de preocupação da FIFA. Uma nova regulamentação começa a vigorar este ano, com proibição de terceiros (isto é, dos "não-clubes") de se envolver em compras e vendas dos direitos financeiros em contratos de jogadores (o antigo passe). A FIFA não quer um "mercado paralelo" de "negociantes" de atletas. Não se trata de veto ao capital privado ou a qualquer tipo de investidores. Eles serão aceitos, quando forem proprietários de clubes, e não apenas no mercado de compra e venda de "passes". No Brasil, neste nosso sub-capitalismo, os empresários não desejam comprar clubes, sofrer com o dia-a-dia de vitórias e derrotas. Preferem comprar "direitos" de "passes". É mais fácil, dá muito mais lucro e deixa alguns investidores longe do foco da Mídia. Atuam deste modo como se fossem "agiotas" do mercado financeiro: têm dinheiro, emprestam, investem, recebem etc, mas permanecem um pouco à margem do mundo financeiro. À luz das normas do futebol, estes contratos paralelos com estes empresários que compram "passes" ou partes destes, nada valem. E trazem para o mundo futebolístico novos problemas. Para o Clube - com necessidades financeiras urgentes - eles resolvem de forma pontual, ou melhor, dão um pequeno fôlego. Para o futebol, como um todo, constituem-se em retrocesso, e lançam todo tipo de suspeita.

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