Com falha de Felipe, Bahia quebra invencibilidade do Corinthians
Helder Júnior
Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press |
Elias marcou o único gol do jogo |
Com o resultado, o Bahia mantém um tabu de onze anos e seis partidas sem derrotas para o Corinthians (a última foi por 2 a 1, gols de Donizete e do hoje diretor de futebol Antônio Carlos) e segue em posição intermediária na tabela de classificação, agora com 17 pontos. O Alvinegro soma dez a mais e ainda é o líder da Segunda Divisão.
Novamente contra um clube nordestino, na próxima terça-feira o Corinthians deixará de jogar no estado de São Paulo após sete rodadas. Enfrentará o Ceará no Castelão. No mesmo dia, no estádio Jóia da Princesa, o Bahia buscará ascender na competição diante de outro adversário paulista, o São Caetano.
O jogo – “Não tenho medo de perder, meu filho. Jogar fechado contra o Corinthians e essa torcida, qualquer um consegue. Pedi para meus jogadores serem ousados”, avisou o técnico Arturzinho assim que subiu ao gramado do Pacaembu. Não adiantou. O Bahia, mesmo sem intenção, acabou recuado pelo rival nos primeiros minutos.
O Corinthians só não contava com um erro de Felipe, desta vez assumido. O goleiro que declarou odiar o Bahia desde quando defendia o Vitória (e que “só fala besteira”, segundo Arturzinho) não saiu do gol em uma cobrança de falta de Elias, aos nove. Bola no ângulo, 1 a 0. Restou a Felipe se desculpar e benzer-se sobre o amarelo de seu novo uniforme.
A desvantagem, entretanto, inflamou a torcida do Corinthians. Aos gritos de “não pára, não pára, não pára”, a equipe de Mano Menezes retomou a pressão do início da partida. Mas, agora, de maneira desorganizada. O zagueiro Fábio Ferreira, fazendo lembrar a campanha que rebaixou o clube no ano passado, passou a ser mais um armador.
Já o lateral-esquerdo André Santos, sumido, ocupou os espaços abertos na marcação e limitou-se a cobrar faltas no campo de ataque. Sobrecarregado na ala direita, Denis pisou na bola uma vez e errou três cruzamentos seguidos. Foi o suficiente para ouvir as primeiras vaias como jogador do Corinthians.
O time da casa também chutava pouco a gol – apenas quando não havia mais alternativa. Quando Denis ou Lulinha enfim conseguiam acertar levantamentos na área, no entanto, as cabeçadas de William, Acosta, Fábio Ferreira e Herrera levavam perigo a Darci. E foi Lulinha quem quase empatou aos 37, ao livrar-se da marcação e encobrir o goleiro do Bahia. Bola na trave.
O prata-da-casa não retornou para o segundo tempo. Preservado do começo da partida após se recuperar de entorse no joelho esquerdo, Douglas substituiu Lulinha no intervalo. A torcida aplaudiu, entusiasmada, quando o placar eletrônico anunciou a alteração. Quem também gostou foi André Santos, que ganhou um parceiro para jogar pela esquerda.
Já Denis, sem Lulinha, ficou esquecido no lado direito como estava André no primeiro tempo. O técnico Mano Menezes reforçou ainda mais o poderio ofensivo da ala canhota aos 16 minutos, quando trocou Eduardo Ramos por Wellington Saci. Pelo Bahia, Arturzinho colocou Paulo Roberto no lugar de Jones e esqueceu a filosofia propagada no início do jogo. Seu time só se defendia.
Além de jogar fechado, o Bahia valorizava cada substituição, queda no gramado e bola parada. Mano Menezes tentou furar o bloqueio do adversário com a estréia do jovem atacante Careca no lugar de Fabinho, porém o novato também não conseguiu evitar a primeira derrota do Corinthians na Segunda Divisão.
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