sábado, 19 de julho de 2008

Felipe e a zica

Futebol/Brasileiro Série B - (19/07/2008 20:13:55)
Ódio de Felipe enoja e motiva o Bahia. Mano só repreende falha.
Helder Júnior

São Paulo (SP) - O ódio de Felipe pelo Bahia é recíproco. Após acabar com a invencibilidade do Corinthians na Série B do Campeonato Brasileiro, os jogadores da equipe nordestina aproveitaram para criticar o goleiro revelado pelo Vitória, que falhou no gol de falta de Elias.

Para o zagueiro Rogério, “dá até nojo” falar o nome de Felipe. O técnico Arturzinho, para quem o goleiro só diz besteira, as declarações de ódio ao Bahia às vésperas da partida só motivaram seus jogadores contra o Corinthians. E também a torcida visitante no Pacaembu, neste sábado, que xingou o ex-atleta do Vitória durante boa parte do jogo.

O técnico Mano Menezes não repreendeu Felipe por falar o que pensa. “Não estamos em uma escola, com crianças. Todo mundo é homem e responsável por suas declarações. O Bahia não ganhou porque o Felipe abriu seu coração para externar seus sentimentos, mas porque perdemos dez gols feitos”, mudou o foco.

O goleiro do Corinthians também minimizou a ira que causou no rival. Mas espera receber outras provocações nos próximos dias. “Daqui a pouco, meus amigos que torcem pelo Bahia começarão a me ligar. Tenho que aceitar. Se meu time tivesse vencido, faria o mesmo”, sorriu.

O perdão de Mano Menezes a Felipe não se estende ao desempenho do goleiro neste sábado. O técnico não gostou de saber que o jogador confessou estar desatento no gol de falta de Elias. “Falhas acontecem, mas cobro que os jogadores estejam ligados em tudo. Ele sabia que o Elias bate bem faltas, que busca sempre o segundo ângulo”, advertiu.

Felipe acatou: “O Mano já havia me alertado que o Elias cobrava daquela maneira. Infelizmente, fui mal no lance e falhei, demorando a definir o que fazer. A bola acabou me encobrindo. Acontece”.

Mas, já sem o uniforme amarelo que estreou a contragosto contra o Bahia, Felipe ressalvou que não é culpado pela primeira derrota do Corinthians na Segunda Divisão. “Não jogo sozinho. Se fosse tênis, tudo bem, seria eu o mais chateado. Mas jogamos em grupo”, disse. Mano Menezes, enfim, concordou: “Não acho que o desempenho individual de ninguém tenha influência decisiva na derrota. Também não menosprezamos o Bahia”.

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