Noves fora, 1 a 0
O 1 a 0 é sempre dramático, é tensão, é alívio, é milagre; o 1 a 0 garante 90 minutos de emoção e unhas roídas
O PLACAR de 1 a 0 indica uma partida ruim, aborrecida, chata de se ver, certo?
Errado!
O 1 a 0 é sempre dramático.
O 1 a 0 garante 90 minutos de emoção e unhas roídas. É a vitória por diferença mínima, a vitória que quase não houve, a vitória que ficou ameaçada todo o tempo.
Num 1 a 0, o torcedor mal respira e pouco pisca. O coração está sempre acelerado, seja pela esperança do gol de seu time, seja pelo medo do gol do adversário.
Num 1 a 0, a vitória está sempre por um fio.
Por exemplo, os corintianos, neste domingo, esperaram durante longos 30 minutos até que Dentinho tirasse o zero do placar. Mas depois tiveram que rezar por 3.600 segundos para que o Rio Claro não empatasse.
E isso quase aconteceu no fim do segundo tempo, quando Luciano perdeu um gol na pequena área. 1 a 0 é tensão.
Os são-paulinos sofreram ainda mais.
Depois de 70 minutos, parecia que jamais sairia um gol naquela partida.
E os dois times jogavam tão pobremente que isso parecia o mais justo. Mas então Borges, que havia acabado de entrar, acertou um belo chute e manteve o Tricolor perto do G4.
1 a 0 é alívio.
E os santistas ficaram ainda mais calvos assistindo ao jogo contra o Guará.
Em meio a um lamaçal e com um jogador a mais, o Peixe não conseguia fazer seu gol. A bola cruzava a área, mas nenhuma perna aparecia para empurrá-la para as redes, os chutes eram disparados de longe, mas chegavam mais perto das bandeirinhas de escanteio do que das traves do goleiro. Mas, aos 40min, Marcinho Guerreiro (sim, Marcinho Guerreiro) acertou um chute de fora da área e fez o gol da vitória.
1 a 0 é milagre.
Mas talvez o 1 a 0 mais cruel deste fim de semana tenha acontecido no jogo entre Coritiba e Toledo.
Quem vencesse assumiria a liderança do grupo e estaria a um passo das semifinais. Durante toda a partida, os torcedores prendiam a respiração quando eram atacados e rangiam os dentes quando atacavam. E nada acontecia. Mas uma névoa de fatalidade pairava no ar. Então, no último escanteio do jogo, o zagueiro Cleiton foi para a área e fez o gol. Para o Toledo. Dependendo do lado em que você está, 1 a 0 é tristeza e sofrimento.
Nada, meu caro leitor, nada é mais cruel do que o 1 a 0. Ele não dá descanso ao torcedor, ele exige grandes doses de fé e resignação.
Talvez o 1 a 0 seja o mais emocionante dos placares.
Os 0 a 0 têm a tensão constante, mas não possuem a explosão do gol, não provocam o jorro de emoção causado pela vitória ou pela derrota.
As goleadas satisfazem, mas falta a esse tipo de vitória o medo da derrota, e o sucesso sem a possibilidade do fracasso não é grande coisa.
E há, claro, as vitórias por 4 a 3, ou 5 a 4, mas estas são raras e têm ares de bolero mexicano.
A emoção mesmo é o 1 a 0. Talvez porque esse placar pareça um pouco com a vida, esta curiosa partida que jogamos contra a morte. Uma partida que conseguimos deixar empatada até o último minuto, mas que no fim perderemos por 1 a 0.
Errado!
O 1 a 0 é sempre dramático.
O 1 a 0 garante 90 minutos de emoção e unhas roídas. É a vitória por diferença mínima, a vitória que quase não houve, a vitória que ficou ameaçada todo o tempo.
Num 1 a 0, o torcedor mal respira e pouco pisca. O coração está sempre acelerado, seja pela esperança do gol de seu time, seja pelo medo do gol do adversário.
Num 1 a 0, a vitória está sempre por um fio.
Por exemplo, os corintianos, neste domingo, esperaram durante longos 30 minutos até que Dentinho tirasse o zero do placar. Mas depois tiveram que rezar por 3.600 segundos para que o Rio Claro não empatasse.
E isso quase aconteceu no fim do segundo tempo, quando Luciano perdeu um gol na pequena área. 1 a 0 é tensão.
Os são-paulinos sofreram ainda mais.
Depois de 70 minutos, parecia que jamais sairia um gol naquela partida.
E os dois times jogavam tão pobremente que isso parecia o mais justo. Mas então Borges, que havia acabado de entrar, acertou um belo chute e manteve o Tricolor perto do G4.
1 a 0 é alívio.
E os santistas ficaram ainda mais calvos assistindo ao jogo contra o Guará.
Em meio a um lamaçal e com um jogador a mais, o Peixe não conseguia fazer seu gol. A bola cruzava a área, mas nenhuma perna aparecia para empurrá-la para as redes, os chutes eram disparados de longe, mas chegavam mais perto das bandeirinhas de escanteio do que das traves do goleiro. Mas, aos 40min, Marcinho Guerreiro (sim, Marcinho Guerreiro) acertou um chute de fora da área e fez o gol da vitória.
1 a 0 é milagre.
Mas talvez o 1 a 0 mais cruel deste fim de semana tenha acontecido no jogo entre Coritiba e Toledo.
Quem vencesse assumiria a liderança do grupo e estaria a um passo das semifinais. Durante toda a partida, os torcedores prendiam a respiração quando eram atacados e rangiam os dentes quando atacavam. E nada acontecia. Mas uma névoa de fatalidade pairava no ar. Então, no último escanteio do jogo, o zagueiro Cleiton foi para a área e fez o gol. Para o Toledo. Dependendo do lado em que você está, 1 a 0 é tristeza e sofrimento.
Nada, meu caro leitor, nada é mais cruel do que o 1 a 0. Ele não dá descanso ao torcedor, ele exige grandes doses de fé e resignação.
Talvez o 1 a 0 seja o mais emocionante dos placares.
Os 0 a 0 têm a tensão constante, mas não possuem a explosão do gol, não provocam o jorro de emoção causado pela vitória ou pela derrota.
As goleadas satisfazem, mas falta a esse tipo de vitória o medo da derrota, e o sucesso sem a possibilidade do fracasso não é grande coisa.
E há, claro, as vitórias por 4 a 3, ou 5 a 4, mas estas são raras e têm ares de bolero mexicano.
A emoção mesmo é o 1 a 0. Talvez porque esse placar pareça um pouco com a vida, esta curiosa partida que jogamos contra a morte. Uma partida que conseguimos deixar empatada até o último minuto, mas que no fim perderemos por 1 a 0.
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