Partida comemorativa, ídolos homenageados e promessa de estádio lotado. Tudo indicava que o este domingo seria preto e branco.
Cheguei a Bambineira a uma da tarde, pensando que iria enfrentar a mesma fila que a Fiel enfrentou contra o Mirasol. Por sorte, em 10 minutos o ingresso para a Azul já estava guardado no bolso. A solução foi ficar de papo furado na fila até as duas da tarde.quando os portões se abriram.
Muito se falou sobre a homenagem que os ídolos da Fiel receberiam. Decepcionante na minha opinião, uma mísera volta olímpica no Morumbi não homenageia os inúmeros serviços prestados a nação corinthiana, mas em relação ao governo Dualib, qualquer atitude de lembrança merece ser aplaudida, e de pé.
Sobre o jogo. Não posso comentar muito, mas do ângulo que eu vi posso afirmar que eles mereciam mais que um jogador expulso, Acosta deveria ser proibido de jogar futebol até aprender a não cair, Bóvio deve aprender a tocar e os atacantes devem ter calma na hora de chutar. Parecia que a bola estava pegando fogo no pé deles, não custava dar um ou dois passos em alguns lances, pois o zagueiro mais próximo estava a meia légua de distância.
Voltando para casa num velho Mercedes lotado de sofredores pensei nas inúmeras emoçõs que os corinthianos sofreram nessas 5 mil partidas. Como terá sido o sentimento da primeira derrota, logo na estréia, e o da primeira vitória alguns dias depois. O que será que passou na cabeça dos corinthianos em 1914 quando conquistamos o nosso primeiro título, no caso um Paulistão de forma invicta com 10 vitórias em 10 jogos?
O que a geração de 54 pensou quando empatamos com o Palmeiras e garatimos o centenário de 1954 e 100 anos de glórias para o Corinthians?
O que essa mesma geração sentiu quando passou quase duas décadas sem comemorar um título até Santo Basílio reinventar o futebol?
Os anos 80 foram pesados tanto para a política brasileira quanto para os corinthianos que saiam de uma ditadura interna para viver a breve democracia corinthiana encabeçada pelo doutor Sócrates. "Vencer ou perder, mas sempre com Democracia" era o lema dessa época e vencemos dois paulistas, conquistamos a democracia para o Brasil, mas vivemos a ditadura Dualib depois.
Anos 90 e vimos a ascensão e queda de duas estrelas nos campos, mas eternas em nossos corações: Neto e Marcelinho Carioca.
Nada a comentar sobre 2000. Apenas cito um verso da época: “E em Janeiro o que que eu sou? Sou campeão do Mundo inteiro.”
2005 e MSI. Uma história com belo começo, mas o que seria um conto de fadas se tornou uma história policial que ainda rola nos bastidores da polícia federal.
Foram muitos momentos de alegria. Outros de tristeza.
Por 5 mil vezes o Corinthians emocionou sua torcida. Não importa onde ou o motivo do jogo, para a torcida basta o Corinthians estar em campo para se emocionar.
Embora essa emoção exista em outras maneiras, como já falou o grande Doutor: “O Corinthians não é um time, é uma forma de espírito”.
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Um comentário:
Parabéns pelo texto e viva o CORINTHIANS!
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