quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Corinthians decreta fim das 'piadinhas' dos rivais
Corinthians decreta fim das 'piadinhas' dos rivais
Volante Elias diz que time fez seu papel com sucesso e que adversários não têm motivo para continuar com as brincadeiras. Clube da capital pode conquistar o título da segunda divisão ainda nesta semana.
Ficha do Jogo: Corinthians 2 x 1 Paraná
Ficha técnica: Corinthians 2 x 1 Paraná
São Paulo (SP) - FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 X 1 PARANÁ
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 1º de novembro de 2008, sábado
Horário: 16h20 (de Brasília)
Árbitro: Alício Pena Júnior (Fifa-MG)
Assistentes: Katiuscia Mayer Berger Mendonça (Fifa-ES) e Jorge Antônio Pinheiro Lobato (AP)
Cartões amarelos: Diogo (Corinthians); Daniel Marques, Gabriel e Fabrício (Paraná)
Cartão vermelho: Ricardinho (Paraná)
Público: 27.561 pagantes
Renda: R$ 544.758,00
GOLS: CORINTHIANS: Chicão, aos 43 minutos do primeiro tempo. Dentinho, aos 17 minutos do segundo tempo
PARANÁ: Fabinho, aos oito minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Felipe; Alessandro, Chicão, Fábio Ferreira (Diego) e Wellington Saci; Cristian, Elias, Diogo (Bebeto) e Douglas; Dentinho (Otacílio Neto) e Herrera
Técnico: Mano Menezes
PARANÁ: Gabriel; Daniel Marques (Marcelinho), Fabrício e Leandro; Murilo, Vágner, Kléber, Giuliano (Gláucio) e Fabinho; Ricardinho e Rodrigo Pimpão (Éder)
Técnico: Paulo Comelli
Leve
Após acesso, Timão bate Paraná e mantém ritmo por título
Luiz Ricardo Fini
Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press |
Chicão e Dentinho marcaram os gols do Timão |
Com o placar, o Corinthians chegou aos 73 pontos na Série B e terá a chance de garantir o título da competição já na próxima rodada. Com 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Avaí, o Timão será o campeão antecipado se vencer o Criciúma no próximo sábado e contar com um tropeço do vice-líder, que pegará o CRB.
O Paraná, por sua vez, tem apenas 40 e segue ameaçado pelo rebaixamento. O time de Mano Menezes abriu o placar no fim do primeiro tempo, com gol de pênalti de Chicão. Já no início da segunda etapa, Fabinho igualou a contagem para o Paraná. No entanto, o atacante Dentinho, que já havia sofrido o pênalti, marcou o segundo gol para garantir o triunfo do Alvinegro.
O jogo: O acesso antecipado à elite do futebol nacional deu mais comodidade para o Corinthians seguir na reta final desta edição da Série B. Sem carregar tanta pressão, o Timão entrou em campo com muita tranqüilidade para enfrentar o Paraná na tarde deste sábado. O primeiro lance de perigo surgiu aos sete minutos, quando Douglas passou na pequena área para Alessandro, mas o forte chute foi desviado pela defesa.
Mesmo com a boa jogada, o Timão não se preocupava em pressionar o Paraná, que aproveitou a postura dos donos da casa para ameaçar em rápidos contra-ataques. Em uma das tentativas, Giuliano apareceu de frente para a meta alvinegra, mas Felipe conseguiu fazer a defesa.
Os visitantes se animaram com o lance e partiram para cima do Alvinegro. Em cobrança de falta de Ricardinho, Daniel Marques se antecipou à defesa e cabeceou por cima do travessão. Depois de permitir os avanços do Paraná, o Timão foi ao ataque para dar uma resposta. Douglas rolou na intermediária para Elias, que soltou um foguete, raspando a trave do goleiro Gabriel.
Do outro lado, em novo contragolpe, Fabinho invadiu a área e chutou forte, por cima do travessão. O técnico Mano Menezes foi obrigado a promover uma alteração logo depois, quando Fábio Ferreira sentiu uma contusão e precisou deixar o gramado. O jovem zagueiro Diego foi colocado em campo pelo treinador.
O jogo chegou a ficar tenso com algumas discussões, e o clima acordou o Timão, que, depois de um período apático, passou a avançar com mais afinco. Desta forma, o Corinthians conseguiu abrir o placar ainda no primeiro tempo. Dentinho recebeu na área e foi derrubado pelo goleiro Gabriel. O árbitro assinalou o pênalti e advertiu o arqueiro com o cartão amarelo. Assim, aos 43 minutos, Chicão cobrou o pênalti com precisão para abrir o placar.
Antes do fim da etapa, o Timão ainda teve a oportunidade de ampliar. Wellington Saci cobrou falta na área e Herrera cabeceou com perigo, raspando o travessão de Gabriel. As duas equipes voltaram com uma postura bem diferente no segundo tempo. O Corinthians mostrava intenção de pressionar os visitantes, que davam respostas nos contragolpes.
No primeiro lance da etapa, Herrera dominou na meia-esquerda, girou e bateu para fora. O Paraná, então, chegou com perigo do outro lado. Depois de cobrança de escanteio, Vágner cabeceou livre e Felipe fez ótima defesa. No lance seguinte, aos oito minutos, o Paraná igualou o placar. Giuliano invadiu a área com liberdade e chutou cruzado, exigindo defesa de Felipe. O rebote sobrou nos pés de Fabinho, que, livre, empatou o jogo.
Instantes depois, o time visitante sofreu uma baixa. O atacante Ricardinho foi expulso de campo após cometer falta em Chicão. Com o rival em inferioridade numérica, Mano sacou Diogo para a entrada de Bebeto. O Timão, então, foi ao ataque e pulou novamente na frente do placar. Aos 17, Dentinho apareceu atrás da marcação para mandar para as redes.
Depois do gol, o Timão passou a cadenciar mais o jogo e só avançar em contra-ataques. Já o Paraná esboçou uma pressão, mas não conseguiu assustar o Corinthians e acabou sendo derrotado no Pacaembu.terça-feira, 28 de outubro de 2008
Coluna do Torero na Folha de 28/10/08
A montanha-russa corintiana
É só consultar manchetes do dia 28 de outubro de 99 até hoje para ver como o torcedor do Corinthians é pura emoção |
SE HÁ ALGO que invejo dos corintianos, é a falta de monotonia. Sim, porque ser corintiano implica numa vida repleta de emoções, cheia de altos e baixos.
Para provar isso ao incréu leitor e à incrível leitora, dei uma olhada nas manchetes dos dias 28 de outubro da última década.
A primeira coisa que vi foi que os corintianos, que hoje assobiam na rua, há um ano estavam cabisbaixos.
O time passava por uma crise terrível. Tinha que pagar uma fortuna por Nilmar, com quem não ficaria, e estava na zona de rebaixamento.
Nelsinho Baptista escalava os jovens Lulinha e Dentinho na esperança de dar mais velocidade à equipe e o clima no Parque São Jorge era plúmbeo (eu sabia que um dia ainda usaria esta palavra).
Mas em 2005 era só festa. A equipe tinha acabado de vencer o Paysandu fora de casa, ajudado por dois erros do auxiliar Belmiro da Silva, que validou um gol irregular do Corinthians e anulou um legítimo do Paysandu. Faltavam oito jogos para o fim do campeonato. Tevez dizia que o time jogava como campeão. Já o atacante Rafael Moura, então no Paysandu, reclamava: "Desse jeito pode dar a faixa para o Corinthians".
No ano anterior, ventos fúnebres.
O time empatava com o Criciúma e estava em oitavo lugar no torneio.
Tite era o técnico e, no meio daquele jogo, os jogadores ficaram sabendo da morte do jogador Serginho, do São Caetano. Ensaiou-se um minuto de silêncio, e Fabinho, volante corintiano e amigo do zagueiro, ao fim da partida saiu de campo chorando.
Em 2003, um raro ano morno. O Corinthians tinha escapado do rebaixamento e não tinha chances de disputar o título. O capitão Rogério dava entrevista sem entusiasmo, e o técnico Juninho se esforçava para parecer animado com a volta de Vampeta ao time, que acabou o Brasileiro num mediano 15º lugar.
Em 2002, risos e aplausos. O time estava bem no campeonato e o técnico Carlos Alberto Parreira, que já tinha ganhado a Copa do Brasil, superando o Brasiliense, falava em conseguir também o título brasileiro. Porém perderia os dois jogos finais para o Santos.
No primeiro campeonato do século, o dia 28 de outubro era de caretas e cenhos franzidos. O Corinthians, dirigido por Luxemburgo, enfrentaria o Santos, onde jogava Marcelinho Carioca. Venceria por 2 a 0, mas o Timão acabaria o torneio num reles 18º lugar entre os 28 times.
Em 2000, depois da conquista do Mundial da Fifa, o time estava em crise. A notícia de 28 de outubro era a chegada de Roque Citadini como vice-presidente de futebol. Uma de suas primeiras providências foi acabar com os bichos por vitória. O técnico era Candinho, o zagueiro João Carlos estava sendo afastado e era preparada uma grande lista de dispensa.
E, em 1999, a Folha noticiava a derrota de 2 a 1 para o San Lorenzo, no Pacaembu, que eliminou o time da Copa Mercosul. Nem as cheerleaders contratadas para animar a torcida conseguiram fazer algo. O Corinthians estava em crise. Grave crise. Mas dali a menos de três meses seria campeão mundial.
Enfim, a vida do torcedor comum é cheia de altos e baixos. Mas a do corintiano tem cumes e abismos.
torero@uol.com.br
sábado, 25 de outubro de 2008
Ficha do Jogo: Corinthians 2 x 0 Ceará
Ficha técnica: Corinthians 2 x 0 Ceará
São Paulo (SP) - FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 X 0 CEARÁ
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 25 de outubro de 2008, sábado
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Maurício Aparecido de Siqueira (MT)
Assistentes: Luiz Fernando Irineu da Silva e Fábio Rodrigo Rubinho (ambos do MT)
Público: 32.341 pagantes (total de 35.425)
Renda: R$ 660.445
Cartões amarelos: André Santos, William (Corinthians); Fabrício, Marcos Paraná, Michel (Ceará)
Gols: CORINTHIANS: Douglas, aos 8 minutos do primeiro tempo, Chicão, aos 4 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Felipe; Alessandro (Carlos Alberto), William, Chicão e André Santos; Cristian, Elias, Douglas (Lulinha) e Morais (Wellington Saci); Dentinho e Herrera
Técnico: Mano Menezes
CEARÁ: Adílson; Dedé, Fabrício, Dezinho e Jorge Guerra; Michel (Mancuso), Chicão, Cleisson, Marcos Paraná (Éderson) e Cadu; Sérgio Alves (Charles Chad)
Técnico: Lula Pereira
Eu voltei - 5
Corinthians ganha do Ceará e confirma o retorno à Série A
Time alvinegro põe fim ao status de Segunda Divisão com 2 a 0 no Ceará e derrota do Barueri para o Paraná
Milton Pazzi Jr. - estadao.com.br
Ernesto Rodrigues/AE
Douglas comemora o primeiro gol da partida
Ao som ainda de "O Portão", interpretado por Roberto Carlos - e que começou a ser tocado antes do permitido - os jogadores começaram a chorar em campo. "Só tenho a agradecer a todos", disse o goleiro Felipe.
O acesso foi confirmado com a ajuda do Paraná, que venceu o Barueri por 2 a 1 na casa do adversário, confirmando assim a vantagem de 19 pontos sobre o quinto colocado com seis rodadas (ou 18 pontos) ainda em disputa. Tem 70 pontos e a liderança confirmada.
Agora, a conta do torcedor corintiano é simples, para ser campeão: com três vitórias, considerando que o Avaí também vença seus próximos jogos, o time consegue garantir o título da Segunda Divisão (sem contar o jogo do time catarinense contra o Marília, na noite deste sábado). Além de recordes e marcas que o time queira atingir.
FÁCIL
A confirmação do retorno, em campo, não teve sustos. O Corinthians teve o domínio da partida e apostou forte em seu estilo desde que Mano Menezes assumiu o comando, no começo do ano: marcação e contra-ataques. Foi assim no primeiro tempo e no segundo. Só mudou por volta dos 35 minutos da etapa final, quando o Ceará, desanimado pela desvantagem, recuou e viu o time paulista criar várias chances de gol.
Os gols, por sinal, foram os momentos de festa intensa da torcida. Quando o Fluminense marcava no Palmeiras (jogo da Série A) e quando o Paraná marcava no Barueri. No Pacaembu, eles aconteceram logo aos 8 minutos do primeiro tempo, com Douglas, chutando firme no canto aproveitando jogada de raça de Herrera pelo fundo - que acertou a trave; e aos 4 minutos, com Chicão, aproveitando rebote do goleiro em falta cobrada por Christian.
Eu voltei - 4
Emocionados, Felipe e Dentinho pulam alambrado. Mano canta hino.
Helder Junior
'Tenho que agradecer só, a todo o pessoal', suspirou o camisa 1. O garoto sequer conseguiu dar alguma declaração.
Ainda aos prantos, o goleiro correu para o alambrado e pulou na arquibancada amarela do Pacaembu, fazendo a festa com os torcedores. ''Mal conseguia respirar'', contou Felipe, mais calmo, depois de ficar em meio à Fiel.
Dentinho gostou da idéia e foi outro a comemorar bem próximo da torcida. Quando conseguiu falar, lembrou do drama do rebaixamento.
''Sofri muito, cai logo no meu primeiro ano no profissional. Sou corintiano desde pequenininho e agora tenho que comoerar esta volta como se fosse um título de Copa do Mundo'', emocionou-se.
Mais contido, o técnico Mano Menezes também não deixou de festejar o dia da redenção corintiana: aproximou-se da torcida e cantou o hino do clube. ''Este é o momento de comemorar. Conseguimos voltar à primeira divisão e isto é para os nossos torcedores'', vibrou o comandante.Eu voltei - 2
Embalado por Roberto Carlos, Corinthians garante volta à elite do futebol
da Folha Online
Após quase 11 meses de martírio, o Corinthians confirmou neste sábado seu retorno à elite do futebol nacional. A equipe derrotou o Ceará por 2 a 0, no Pacaembu, pela 32ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e contando com um tropeço do Barueri, que perdeu por 2 a 1 para o Paraná, garantiu matematicamente o acesso.
O time do Parque São Jorge, que contou com gols de Douglas e Chicão, passou a somar 70 pontos na liderança, com seis rodadas para o fim da competição. O quinto colocado, Barueri, com 51 pontos, não pode mais alcançar os corintianos --quatro times sobem de divisão.
Fernando Donasci/Folha Imagem |
Dentinho (acima) festeja com Douglas e a torcida o acesso à Série A do Brasileiro |
Como a possibilidade de assegurar a vaga na Série A era grande, a expectativa no Pacaembu era grande. A torcida compareceu em peso. Mais de 35 mil foram ao estádio para ver o clube se redimir da página mais triste de sua história, que começou no dia 2 de dezembro de 2007, em Porto Alegre, quando o time empatou com o Grêmio e foi rebaixado.
Depois da queda, o elenco foi reformulado com a chegada do técnico Mano Menezes e muitos reforços. O início de 2008 foi irregular, e o time não conseguiu avançar às finais do Campeonato Paulista. A equipe foi bem na Copa do Brasil, chegou à final, mas caiu diante do Sport.
Na Série B do Nacional, o time deslanchou e disparou na ponta da competição desde o início. Para comemorar o acesso, os dirigentes escolheram a música "O Portão", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, como "tema da subida". Ainda durante o segundo tempo, a canção foi reproduzida nos alto-falantes do Pacaembu.
A letra, segundo a diretoria, simboliza o retorno do Corinthians para a Série A: "(...) Eu voltei, agora é pra ficar/ Por que aqui, aqui é meu lugar (...)".
Fernando Donasci/Folha Imagem |
Torcedores do Corinthians comemoram o acesso à Série A do Brasileiro no Pacaembu |
Na partida contra o Ceará, Mano Menezes não teve problemas para escalar o time. Com a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) de diminuir a punição do zagueiro Chicão, que era de 120 dias de suspensão, para dois jogos (já cumpridos), o defensor pôde atuar ao lado de William na zaga.
E o duelo no Pacaembu começou com o Corinthians muito superior em campo. O placar não demorou para ser aberto. Herrera ganhou a disputa na área e chutou na trave. No rebote, Douglas marcou o gol, aos 9min.
Mesmo em desvantagem, o Ceará não alterou a maneira de atuar. Recuado na defesa, o time visitante deixava o Corinthians trocar passes no meio-campo.
Mesmo com o controle da partida, a equipe paulista não conseguiu balançar as redes novamente na etapa inicial.
No intervalo, Douglas elogiou o desempenho do time, mas pediu mais velocidade. "A gente precisa tocar mais rápido para criar mais chances", falou.
No segundo tempo, o Ceará até marcou aos 2min, mas o árbitro Maurício Aparecido de Siqueira anotou impedimento no cruzamento e anulou o lance.
Depois do susto, o Corinthians fez 2 a 0. O goleiro Adilson espalmou cobrança de falta, e Chicão aproveitou o rebote para aumentar a festa dos torcedores no Pacaembu, aos 4min.
Enquanto os torcedores festejavam na arquibancada, os jogadores corintianos continuaram jogando bem e atacando. Depois, o ritmo da partida ficou mais lento, com os times trocando passes no meio-campo.
Eu voltei - 2
25/10/08 - 17h58 - Atualizado em 25/10/08 - 17h58
É o fim do calvário: o Timão está de volta!
Corinthians vence o Ceará, vê o Paraná bater o Barueri e comemora o retorno à Série A do Campeonato Brasileiro depois de campanha soberana
Leandro Canônico e Luiz Ademar São Paulo
Na tarde deste sábado, diante de mais de 32 mil fanáticos, a equipe do Parque São Jorge manteve sua soberania na competição, venceu o Ceará por 2 a 0, gols de Douglas e Chicão, e assegurou matematicamente o acesso à Série A. Isso porque combinado com esse triunfo, o Paraná venceu o Barueri.
O fim do calvário do Corinthians na Segundona acaba com seis rodadas de antecedência e com o time dono de uma campanha irrepreensível. Foram até aqui 20 vitórias, dez empates e apenas duas derrotas.
Retrospecto que fez o Alvinegro voltar ao Brasileirão sem passar pelo mesmo sofrimento de outros, como Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Atlético-MG, Coritiba.
Placar eletrônico: o protagonista
A festa estava armada desde cedo no Pacaembu. Bandeiras e bexigas com a frase “Eu voltei...agora pra ficar”, trecho de música de Roberto e Erasmo Carlos escolhido para representar o retorno à Série A, esperavam os torcedores que lotaram o estádio. Mas ainda faltava o resultado dentro de campo.
Em clima de final, o Corinthians iniciou o jogo bastante concentrado. Foi para cima do Ceará logo de cara e pressionou o adversário na defesa. Tanto que o gol não demorou a sair. Aos 8 minutos, Herrera recebeu na esquerda, se atrapalhou, mas conseguiu acertar a trave. No rebote, Douglas tocou para as redes.
A euforia na arquibancada contagiou ainda mais os corintianos dentro do gramado e, aos 11, André Santos quase marcou de falta – Adilson fez grande defesa. Um minuto depois, a torcida explodiu de alegria. Mas não por causa do Timão, e sim vibrando com gol do Paraná sobre o Barueri. Assim, matematicamente estaria na Série A.
O corintiano vibrou mais ainda quando aos 14 minutos o placar eletrônico anunciou gol do Fluminense sobre o arqui-rival Palmeiras, que está na disputa do título do Brasileirão. Logo em seguida, porém, o Barueri empatou com o Paraná. Embora o resultado ainda assegurasse o acesso alvinegro, a torcida murchou.
Coincidentemente, o Corinthians não conseguiu mais pressionar o Ceará em busca do segundo gol. A equipe do técnico Mano Menezes, por sinal, abusou dos erros de passe e só não sofreu mais porque o adversário não teve capacidade para chegar com perigo ao gol de Felipe – o goleiro praticamente não foi exigido.
A alegria dos corintianos, então, ficou por conta da derrota parcial do Palmeiras. Se no Pacaembu os gols não saíram mais, no Maracanã o Fluminense fez mais dois em cima do clube do Palestra Itália. Festa para os alvinegros, que no intervalo já puderam ouvir o sistema de som tocar: “Eu voltei...agora pra ficar”.
‘Ô, ô, ô, o Coringão voltou’
Por alguns segundos, o torcedor do Corinthians levou um susto. Aos 2 minutos da etapa final, após cruzamento de Cadu, Felipe espalmou cabeçada nos pés de Cleisson, que mandou para as redes. O árbitro, no entanto, assinalou impedimento no lance e não validou o que seria o gol de empate do Ceará.
Como de costume nesta Série B, o Timão fez valer sua melhor condição e acabou com o princípio de reação do adversário. Aos 4 minutos, Cristian cobrou falta de longa distância, o goleiro Adilson deu rebote e o zagueiro Chicão, de volta ao time depois de três jogos de suspensão, ampliou a vantagem no placar.
Foi a senha para a torcida começar a comemorar o acesso na arquibancada. “Ô, ô, ô, o Coringão voltou, o Coringão voltou, o Coringão voltou”. Embalado por esse som, o clube do Parque São Jorge teve duas ótimas chances de aumentar ainda mais a vantagem. Primeiro com Alessandro e depois com Morais.
A apatia que tomou conta do time após o gol no primeiro tempo não atingiu o Timão após o segundo gol. Sem dar chance ao Ceará, a equipe paulista foi para cima com Douglas, Morais, Herrera, Dentinho... Mas se eles não deram novamente a alegria de um gol para os torcedores, o Paraná deu.
Quando o cronômetro no Pacaembu marcava 26 minutos, o placar eletrônico anunciou gol de pênalti da equipe sulista. Mais uma vez, a trilha sonora na arquibancada do Paulo Machado de Carvalho foi “Ô, ô, ô, o Coringão voltou”.
Como a partida entre Corinthians e Ceará começou atrasada, a vitória do Paraná sobre o Barueri foi consumada antes da do Timão sobre o time de Fortaleza. Por isso, a festa começou na capital paulista com a bola ainda rolando.
A explosão de alegria, porém, também aconteceu no apito final no Pacaembu. E foi comemorada ao som de Roberto e Erasmo Carlos.